Dia 5 de agosto: Dia Nacional da Saúde
Como está a saúde e a segurança do paciente no Brasil?
São
Paulo, 01 de agosto de 2024 – No dia 5 de agosto, celebra-se o Dia Nacional da
Saúde no Brasil. A data, escolhida em homenagem ao nascimento do médico e
sanitarista Oswaldo Gonçalves Cruz em 1872, tem como objetivo conscientizar a
população sobre a importância da educação sanitária e da adoção de um estilo de
vida mais saudável.
E
como está a saúde e a segurança do paciente no Brasil? As
infecções hospitalares representam um desafio significativo para a saúde
pública no Brasil. De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 14% dos
pacientes hospitalizados no país adquirem infecções durante sua estadia nos
hospitais. A gravidade dessa situação é destacada pela Organização Mundial da
Saúde, que estima que aproximadamente 100 mil brasileiros morrem anualmente
devido a infecções hospitalares. Um em cada dez pacientes afetados morre em decorrência
da infecção hospitalar.
Para
Dr. Fábio Gastal, CEO da ONA - Organização Nacional de Acreditação, “essas
infecções podem ser causadas por vários fatores, principalmente, pela falta de
higiene adequada. As práticas inadequadas de controle de infecção, como a
esterilização insuficiente de equipamentos médicos e a ausência de treinamento dos
profissionais de saúde, também contribuem para a disseminação dessas
infecções.”
Para
combater estes problemas, são necessárias várias ações:
·
Melhoria da Higiene Hospitalar:
Implementação de protocolos rigorosos de limpeza e desinfecção em todos os
ambientes hospitalares, principalmente, da higienização das mãos.
·
Educação e Treinamento:
Capacitação contínua dos profissionais de saúde sobre práticas de controle de
infecção e uso adequado de antibióticos.
·
Vigilância e Monitoramento:
Estabelecimento de sistemas eficazes de vigilância para monitorar e reportar
infecções hospitalares, permitindo intervenções rápidas.
·
Infraestrutura Adequada:
Investimento em infraestrutura hospitalar para reduzir a superlotação e
melhorar as condições de atendimento.
De
acordo com o Ministério da Saúde, as infecções relacionadas à assistência à
saúde (IRAS) são uma das ocorrências adversas mais frequentes associadas aos
cuidados médicos e representam um grave problema de saúde pública. Essas
infecções não apenas aumentam a mortalidade e os custos associados, mas também
comprometem a segurança do paciente e a qualidade dos serviços de saúde.
Segundo
informações do Centers for Disease Control and Prevention (CDC/EUA), os
custos médicos diretos das IRAS para hospitais, apenas nos Estados Unidos,
variam de US$ 35,7 a 45 bilhões anuais, enquanto o impacto econômico anual na
Europa está entre 13 a 24 bilhões de euros/ano.
Em
um estudo hipotético realizado no Brasil, observou-se que o impacto dos custos
diretos associados às infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) se
torna significativo a partir de uma prevalência de 10%. Para cada aumento de 1%
na prevalência, há um acréscimo de US$ 2.824.817 nos custos diretos.
Como
melhorar a segurança do paciente e as infecções? A
Organização Nacional de Acreditação (ONA) promove a segurança do paciente e a
redução de infecções hospitalares por meio de uma série de práticas e
metodologias estruturadas. Veja abaixo:
·
Certificação ONA - A certificação
assegura que a instituição cumpre padrões rigorosos de qualidade e segurança.
No entanto, para manter essa segurança, são necessárias auditorias e avaliações
regulares para garantir a conformidade contínua com os padrões de acreditação
da ONA.
·
Adoção de protocolos e diretrizes –
São fundamentais para controle de infecções e segurança do paciente, além de
manter os protocolos atualizados de acordo com as melhores práticas e
diretrizes da ONA.
·
Capacitação de equipe –
Treinamentos contínuos com as equipes são extremamente importantes para o
controle de infecção e segurança do paciente.
·
Gestão de riscos – Mitigar riscos é
necessário, principalmente, para detectar possíveis fontes de infecções e
eventos adversos.
·
Melhoria da infraestrutura –
Sem um ambiente limpo e seguro não é possível controlar os índices de infecção.
É importante também que a instituição garanta a manutenção e a limpeza
adequadas de instalações e equipamentos.
Cenário
de acreditação no Brasil - Das mais de 380 mil organizações de saúde
instaladas no País, segundo CNES (Cadastro Nacional de Estabelecimentos de
Saúde), 1935 são acreditadas. Deste total, a ONA é responsável por 72,7% no
mercado de acreditação, o que corresponde a aproximadamente 1.500 organizações
de saúde acreditadas, dos quais em torno de 420 são hospitais. Deste montante,
0,51% das instituições de saúde estão certificadas no Brasil.
Concentração
de instituições acreditadas pela ONA: Atualmente, 61% das instituições acreditadas pela
ONA estão concentradas na região Sudeste. O Sul é responsável por 12,7%;
Nordeste 12,1%; Centro-Oeste, 11,4% e Norte por 2,8%.
Sobre a ONA - A Organização Nacional de Acreditação
(ONA) certifica a qualidade de serviços de saúde no Brasil, tendo como foco
principal a segurança do paciente. Sua metodologia de avaliação atende a
padrões internacionais de qualidade e segurança. O Manual de Acreditação ONA é
reconhecido pela ISQua (Sociedade Internacional pela Qualidade no Cuidado à
Saúde, na sigla em inglês), instituição parceira da Organização Mundial da
Saúde (OMS) e que tem entre seus membros especialistas e organizações de saúde
de mais de 100 países. www.ona.org.br