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13/10/2025

Duas acreditações inéditas apresentadas durante a 41ª Conferência Internacional da ISQua – International Society for Quality in Health Care


São Paulo, 13 de outubro - Na segunda mesa da manhã, do dia 12 de outubro, a programação teve início com a palestra de Frederico Peret, diretor-presidente da Unimed-BH. A cooperativa foi a primeira instituição de saúde no Brasil, em rede assistencial, a obter a acreditação da ONA – Organização Nacional de Acreditação.

“A certificação da ONA é um marco importante na nossa trajetória. Não apenas atesta que seguimos padrões rigorosos de qualidade e segurança, mas também demonstra que somos uma cooperativa que coloca o cuidado no centro de tudo. Essa conquista é fruto de um trabalho coletivo, construído com dedicação, competência e, acima de tudo, propósito”, afirma Frederico Peret.

“A ONA nos desafia a olhar para dentro, revisar práticas, aprimorar fluxos e, principalmente, garantir que a qualidade assistencial seja uma constante — não apenas um objetivo, mas uma cultura. E isso tem impacto direto na experiência dos pacientes e dos profissionais, que é e sempre será o nosso maior foco”, reforça.

Atualmente, a Unimed-BH conta com 1.638.749 clientes (dados de julho de 2025), 5.449 médicos cooperados, atuação em 46 municípios, 400 serviços assistenciais, R$ 7,34 bilhões de faturamento e 55% de participação de mercado.

“O processo aconteceu entre 2022 e 2024 onde realizamos auditorias internas e externas, revisamos práticas e fluxos, investimos em capacitações e fortalecemos o alinhamento entre equipes multidisciplinares. Foi um processo de engajamento, participação ativa das lideranças e respostas ágeis aos apontamentos”, explica Peret.

O executivo também destacou os desafios enfrentados, como o fortalecimento da cultura do cuidado, a visão sistêmica e integrada, a articulação entre diferentes serviços, a padronização de processos de qualidade e segurança e o aprimoramento da governança clínica.

A acreditação trouxe benefícios diretos aos pacientes, como maior segurança no atendimento, com a implantação de protocolos assistenciais em rede, focados em condições críticas e prevalentes, redução de riscos e eventos adversos com monitoramento contínuo dos padrões, além de atendimento mais ágil e confiável, ambientes acolhedores e humanizados e maior participação do paciente nas decisões sobre sua saúde.

Para a instituição, os ganhos foram expressivos: maior engajamento das equipes, melhoria dos indicadores clínicos e operacionais, fortalecimento da coordenação transversal entre o Núcleo de Segurança do Paciente e o Serviço de Controle de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde, atração de profissionais qualificados, aumento da confiança dos pacientes, criação da Gerência de Experiência do Paciente, melhoria na comunicação interna, gestão baseada em riscos com foco em resultados sustentáveis e cuidado centrado no paciente, além de um diferencial competitivo no mercado de saúde suplementar.

Na sequência, Denise Barbosa Semeão, gerente de Qualidade da Oncoclínicas, apresentou os desafios, aprendizados e oportunidades de ser a primeira empresa acreditada em Rede Corporativa no Brasil, nível Excelência.

“Iniciamos o processo em 2021, compreendendo o modelo da companhia. Na época, o grupo crescia de forma inorgânica, e cada clínica atuava de maneira diferente, com um modelo de negócio fragmentado. Fizemos uma transformação: definimos políticas e diretrizes, padronizamos processos e adotamos uma visão global de resultados. Hoje, atuamos de forma corporativa”, explicou.

O processo de acreditação envolveu mais de 739 dias de trabalho, 30 áreas participantes, 400 requisitos avaliados, revisão e elaboração de práticas corporativas, 150 melhorias implementadas, além da padronização de treinamentos, painéis e materiais institucionais.

Segundo Denise, a jornada da ONA é exigente, sim. Mas é acima de tudo, transformadora. “E o mais importante: não tem caminho de volta. Depois que olhamos com profundidade para os processos, para os riscos e para as oportunidades de melhoria, o único movimento passível é seguir evoluindo. E, nessa caminhada, ninguém está sozinho. Somos um só time”, conclui.