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20/04/2022

ONA lança Programa Acreditação e Aprendizados para debater Acreditação em Saúde

Em comemoração ao Dia Mundial da Saúde, a Organização Nacional de Acreditação (ONA) lançou, no último dia 7, o Programa Acreditação e Aprendizados, que busca fornecer a troca de experiências com quem atua diariamente na área, trazendo a expertise da Organização para mostrar como o processo de Acreditação pode transformar os estabelecimentos de saúde.

 

Gilvane Lolato, gerente operacional da ONA, no primeiro webinar que deu início ao Programa, informou: “Escolhemos abril para darmos início a este novo projeto devido a também ser o mês voltado à Segurança do Paciente. No dia 1º, comemoramos nove anos da criação do Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP), uma iniciativa muito importante do Ministério da Saúde. Para a ONA, é um privilégio dividir os aprendizados sobre a Acreditação absorvidos ao longo destes 22 anos de história”.

 

Até dezembro deste ano, a Organização promoverá lives quinzenais ao vivo no canal do YouTube em parceria com Instituições Acreditadoras Credenciadas (IACs) e Organizações de Saúde de todo o país, com debates incríveis sobre estratégias, aprendizados, benefícios e desafios da Acreditação.

 

Para o primeiro webinar, as convidadas foram Camila Negrão Monteiro, assessora de Qualidade e Segurança da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMP); Walda Valente dos Santos, diretora de Planejamento, Orçamento e Gestão da FSCMP; e Norma Suely de Carvalho Fonseca Assunção, diretora técnica-assistencial da FSCMP, Organização de Saúde que iniciou o processo de Acreditação em 2017 e já está no terceiro ciclo. Como IAC, a ONA trouxe Mara Machado, CEO do Instituto Qualisa de Gestão (IQG). Esta live que abre o Programa Acreditação e Aprendizados busca debater principalmente a experiência no processo de Acreditação de hospitais públicos.

 

“Em 2015 houve um grande marco, que foi justamente alinhar a qualidade e a segurança como a estratégia da instituição, e, consequentemente, veio o projeto de certificar a Santa Casa em qualidade. Foi aí o primeiro passo da Acreditação. Em 2016, nós iniciamos o processo de construção do termo de referência, já que precisávamos passar por um processo licitatório em virtude de sermos instituição pública. Foi um grande desafio, pois ainda não tínhamos tantas instituições publicas acreditadas de administração indireta do Estado. A Mara, do IQG, esteve conosco durante essa trajetória, no processo de diagnóstico e de capacitação relacionado à Metodologia ONA. E, em 2017, com todo o aprimoramento desses processos de segurança, veio o nosso ONA 1”, relembra Camila.

 

Para Mara, “o maior desafio que uma acreditadora tem no início do processo é entender a cultura da gestão da qualidade, porque uma cultura coorporativa normalmente é construída durante anos, e refazer esta estrutura é muito complexo”. Ela destaca o ponto positivo , no caso da Santa Casa do Pará, que foi o envolvimento da Alta Administração e dos gestores, que abraçaram a inovação e adotaram políticas para a melhoria da qualidade, o que possibilitou acelerar esse processo.

 

Dando continuidade ao webinar, Walda faz um panorama da FSCMP e frisa os entraves enfrentados para a Acreditação: “É uma instituição bastante complexa, tricentenária, tem quase 500 leitos em atividade. Traz uma cultura da filantropia. É uma organização eminentemente pública, com 70% do seu quadro de profissionais efetivos. O processo de Acreditação para a Santa Casa veio junto da decisão de trabalhar o processo estratégico, buscar um novo horizonte, uma nova visão”.

 

A diretora de Planejamento também faz uma ponte com a atual Santa Casa: “Para a gente, a Acreditação foi um divisor de águas, foi muito importante. Conseguimos vislumbrar uma nova Santa Casa, que já trabalha com estratégias e processos bem definidos. É importante frisar a importância, também, da média liderança, dos colaboradores, que abraçaram essa causa para que de fato a execução aconteça. A gente já ‘apagou incêndio’. Hoje, não apagamos mais. O nosso foco atualmente é trabalhar a melhor experiência para o paciente e os melhores resultados para a organização”.

 

Concluindo o pensamento iniciado, Walda, que tem 30 anos de Santa Casa, frisa a enorme diferença vivenciada na instituição pré e pós-Acreditação. “Vejo a diferença do que éramos e do que somos agora, e isso realmente nos enche de orgulho. Não foi uma trajetória fácil. A Mara, da IAC, teve um papel fundamental para fazer a gente entender todo esse processo. Ensinar o caminho das pedras mesmo.”