ONA lança Programa Acreditação e Aprendizados para debater Acreditação em Saúde
Em
comemoração ao Dia Mundial da Saúde, a Organização Nacional de Acreditação (ONA)
lançou, no último dia 7, o Programa Acreditação e Aprendizados, que busca
fornecer a troca de experiências com quem atua diariamente na área, trazendo a expertise
da Organização para mostrar como o processo de Acreditação pode transformar os
estabelecimentos de saúde.
Gilvane
Lolato, gerente operacional da ONA, no primeiro webinar que deu início
ao Programa, informou: “Escolhemos abril para darmos início a este novo projeto
devido a também ser o mês voltado à Segurança do Paciente. No dia 1º,
comemoramos nove anos da criação do Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP),
uma iniciativa muito importante do Ministério da Saúde. Para a ONA, é um
privilégio dividir os aprendizados sobre a Acreditação absorvidos ao longo
destes 22 anos de história”.
Até
dezembro deste ano, a Organização promoverá lives quinzenais ao vivo no
canal do YouTube em parceria com Instituições Acreditadoras Credenciadas (IACs)
e Organizações de Saúde de todo o país, com debates incríveis sobre
estratégias, aprendizados, benefícios e desafios da Acreditação.
Para
o primeiro webinar, as convidadas foram Camila Negrão Monteiro, assessora
de Qualidade e Segurança da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMP);
Walda Valente dos Santos, diretora de Planejamento, Orçamento e Gestão da FSCMP;
e Norma Suely de Carvalho Fonseca Assunção, diretora técnica-assistencial da
FSCMP, Organização de Saúde que iniciou o processo de Acreditação em 2017 e já está
no terceiro ciclo. Como IAC, a ONA trouxe Mara Machado, CEO do Instituto
Qualisa de Gestão (IQG). Esta live que abre o Programa Acreditação e
Aprendizados busca debater principalmente a experiência no processo de
Acreditação de hospitais públicos.
“Em
2015 houve um grande marco, que foi justamente alinhar a qualidade e a
segurança como a estratégia da instituição, e, consequentemente, veio o projeto
de certificar a Santa Casa em qualidade. Foi aí o primeiro passo da
Acreditação. Em 2016, nós iniciamos o processo de construção do termo de referência,
já que precisávamos passar por um processo licitatório em virtude de sermos
instituição pública. Foi um grande desafio, pois ainda não tínhamos tantas
instituições publicas acreditadas de administração indireta do Estado. A Mara,
do IQG, esteve conosco durante essa trajetória, no processo de diagnóstico e de
capacitação relacionado à Metodologia ONA. E, em 2017, com todo o aprimoramento
desses processos de segurança, veio o nosso ONA 1”, relembra Camila.
Para
Mara, “o maior desafio que uma acreditadora tem no início do processo é
entender a cultura da gestão da qualidade, porque uma cultura coorporativa
normalmente é construída durante anos, e refazer esta estrutura é muito
complexo”. Ela destaca o ponto positivo , no caso da Santa Casa do Pará, que
foi o envolvimento da Alta Administração e dos gestores, que abraçaram a
inovação e adotaram políticas para a melhoria da qualidade, o que possibilitou
acelerar esse processo.
Dando
continuidade ao webinar, Walda faz um panorama da FSCMP e frisa os
entraves enfrentados para a Acreditação: “É uma instituição bastante complexa,
tricentenária, tem quase 500 leitos em atividade. Traz uma cultura da
filantropia. É uma organização eminentemente pública, com 70% do seu quadro de
profissionais efetivos. O processo de Acreditação para a Santa Casa veio junto
da decisão de trabalhar o processo estratégico, buscar um novo horizonte, uma
nova visão”.
A
diretora de Planejamento também faz uma ponte com a atual Santa Casa: “Para a
gente, a Acreditação foi um divisor de águas, foi muito importante. Conseguimos
vislumbrar uma nova Santa Casa, que já trabalha com estratégias e processos bem
definidos. É importante frisar a importância, também, da média liderança, dos
colaboradores, que abraçaram essa causa para que de fato a execução aconteça. A
gente já ‘apagou incêndio’. Hoje, não apagamos mais. O nosso foco atualmente é
trabalhar a melhor experiência para o paciente e os melhores resultados para a
organização”.
Concluindo
o pensamento iniciado, Walda, que tem 30 anos de Santa Casa, frisa a enorme
diferença vivenciada na instituição pré e pós-Acreditação. “Vejo a diferença do
que éramos e do que somos agora, e isso realmente nos enche de orgulho. Não foi
uma trajetória fácil. A Mara, da IAC, teve um papel fundamental para fazer a
gente entender todo esse processo. Ensinar o caminho das pedras mesmo.”