O processo de elaboração do manual voltado para nefrologia inovou ao incorporar elementos como:
- a realização de uma Oficina de Trabalho patrocinada pela Anvisa, em Brasília, para discussão e ajustes na primeira versão do Manual redigida pela ONA e SBN. Foram dois dias de atividades, em 27 e 28 de agosto de 2002, com a participação de organizações que representam pacientes (Federação das Associações de Renais e Transplantados do Brasil – Farbra), prestadores de serviços de saúde (Associação Brasileira de Centros de Diálise e Transplante – ABCDT, Serviço de Nefrologia do Hospital São Rafael / Monte Tabor), instituições governamentais (Anvisa, Secretaria de Políticas de Saúde – SPS/MS, Conselho Nacional dos Secretários de Saúde – Conass, Vigilâncias Sanitárias Estaduais da Bahia, Paraná, Minas Gerais e Distrito Federal), entidades de classe (Sociedade Brasileira de Nefrologia – SBN, Sociedade Brasileira de Enfermagem em Nefrologia – SOBEN), além da ONA, do IQG e do IPASS.
- a parceria com a Câmara Técnica de Vigilância Sanitária do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass), que participou do desenvolvimento do Manual, e de representantes das Vigilâncias Sanitárias Estaduais da Bahia, Paraná, Minas Gerais e Distrito Federal.
O teste de campo, feito por equipes de avaliadores das instituições acreditadoras e especialistas da área, ocorreu no período de 15 a 19 de setembro.
Os convênios também fizeram com que a ONA estreitasse parcerias com associações representativas de serviços específicos, como as já citadas SBAC, SBPC, SBHH e o Colégio Brasileiro de Radiologia, entre outras.
Em 2006, a ONA já havia lançado e agrupado seus manuais de acordo com os segmentos em que estavam inseridos: serviços de hemoterapia, laboratório clínico, nefrologia e terapia renal, hospitalares, radioterapia e serviços ambulatoriais. Em 2010, os manuais são consolidados em uma única publicação.
No mesmo ano, mais um marco: o Manual de Acreditação de Programas de Promoção da Saúde e Prevenção de Riscos e Doenças é aprovado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). “Acho que é um passo importante para a ANS, já que temos procurado várias formas de estímulo e, para a ONA, é um campo novo e que responde às preocupações contemporâneas”, disse na ocasião o presidente da ANS, Fausto Pereira dos Santos³.
Em 2011, os serviços adjacentes ao segmento de saúde como lavanderia, esterilização e reprocessamento de materiais, serviço de manipulação de drogas antineoplásicas e de dietas parenterais e serviços de dietoterapia, ganham publicação específica: o Manual para Avaliação e Certificação dos Serviços para a Saúde. Os serviços passam a ser certificados com o Selo de Qualificação ONA.
No ano seguinte, é a vez dos serviços odontológicos ganharem manual próprio, fruto de uma parceria da ONA com as Instituições Acreditadoras Credenciadas (IACs), a Faculdade de Odontologia da USP e a Associação Brasileira de Cirurgiões-Dentistas.
Em 2013, o manual consolidado recebe a chancela da International Society for Quality in Health Care (ISQua) e, no ano seguinte, é lançada a edição do manual certificada pelo órgão internacional. Entre as mudanças, está a incorporação dos conceitos da Classificação Internacional para Segurança do Paciente da Organização Mundial de Saúde (OMS).
A versão mais recente do manual, de 2018, foi novamente submetida e referendada pela ISQua. Na ocasião, Claúdio José Allgayer, presidente da ONA, agradeceu ao time responsável pela conquista e destacou que “Manter esse reconhecimento internacional traz um peso de grande relevo para o nosso trabalho. E nos mostra que estamos na direção correta”.³